Desde pequena aprendi ser minoria
Nasci na zona sul, extremo da periferia
Na escola não curtia as frescuras de opinião
Perdi várias amigas, por não querer seguir padrão
Lá em casa sou a mais nova, a quem a todos obedece
Mas não gosto de ordem infundada, acabo por ser rebelde
Lá em casa todo mundo, todo mundo quis ser crente
Eu também creio em deus, mas não tem religião que me compreende
Maiorzinha eu já causava, já queria saber o que eram as coisas escritas,
O que impeachment, o que é política, o que é ser ativista?
Não me satisfez, não me agradou, continuei a ser aprendiz
Por isso tudo questiono para ter certeza que não se contradiz
Contundente, petulante, folgada e intrometida
Recebi vários nomes, mas não me senti ofendida:
Tudo isso é tentativa de calar a minha voz
Minha voz não é passiva eu acionou contra algoz
Isso tudo é estratégia de conter o meu dom,
Não é dom de rimar, e dom de formular questão
Contundente, petulante, folgada e intrometida
Nada disso me descreve, só descreve a sua ira
De não aceitar a verdade, ou melhor outra opinião
A verdade é relativa não tem pai, não tem dono, nem irmão.
Mas tem gente que se acha, o criador da verdade
Da missa não sabe um terço, da vida a realidade
Oprime e é oprimido, oprimindo a sociedade,
É opressor de uma geração que não curte essas pilantragens
E por isso tenta ignorar, culpabilizar o menor de idade:
Sangue novo é ameaça de acabar com suas arbitrariedade
Corrompe com drogas, armas e dinheiro o futuro da nação
Futuro é o caralho, isso é discurso para o comodismo
Pra que esperar o amanhã se posso fazer ainda hoje tudo isso?
Não me julgue, nem rotule, sou guerreira da nova geração
'iluminismo' foi ontem, hoje é uma nova evolução
Se é para criticar, critique se não tiver onde ser criticada,
Apedrejam o jovem, o novo, mas encobrem suas mancadas
Apontar é fácil, difícil é ser Íntegro, eu integro o movimento
Oprimido não serei, tamo junto é nosso grito!
Baderneiro que só faz merda, cabeça vazia de juízo
Não me enquadro nessa sua concepção e me sinto no prejuízo
Sou adolescente de ideias, que mudariam essa nação.
Cheguem todos, somem juntos, nossa voz tem que ser imposta
Quem quer somar grite HOW, quem não quiser tá li a porta.
Quem não tá pro bem, ta pro mal, não tem essa de neutralidade
Quem não atrasa nem atrapalha, mas se cala e não articula
Tá a favor da perpetuação da desigualdade
Faça isso, não aquilo, seja isso, tenha aquilo, não queremos dar nem receber o padrão, as tendencias
Seja livre, pense e opine viva a sua consciência
Deus deu a vida para cada um poder cuidar da sua, mas se você não cuida
Vem um pilantra e te manipula.
Manipula, rotula, guia só encheção
Pra estes eu canto e grito: aqui não vacilão!
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Sim, eu sei que esse blog era para estar inativo e que faltam rimas nas linhas acimas. Mas, é que fluiu tão facilmente as palavras e o ritm, dai me deu uma saudaaaade do Brendahhh e, bom o blog é meu hahaha.
Minoria
Por
Brenda Beat
on quinta-feira, 26 de agosto de 2010
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Marcadores:
Atitudes de Adolescer,
Poesias Periféricas - a quebrada também tem poeta
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