IN MEMORIAM

Marias da Penha, Elizas e Mércias
Quantas somos?
Quantas sofrem?
Objetos, coisas, artefatos
Sujeitas ao 'amor' de um monstro,
A quem chamam de homem, esposo, namorado, amante ou marido.
Lidam com, na verdade, um 'amor' perigo.
Que, por se egocentralizarem, anularam tudo o que haviam vivido
Tentaram acabar com a vida da Amada,
Do qual o amor, já haviam extinto.
E no extinto, na selvageria, na atrocidade
Tiraram de uma guerreira mulher
O direito de exercer sua vida em liberdade
Uns por ciúmes, outros por ganância ou ainda por vícios
Que o tornaram indigno de toda e qualquer confiança
Umas tiveram como se proteger, outras gritaram para tentar viver
Mas, infelizmente, muitas morrem e você nem se quer,
chega a saber, pois não chegou tinham dinheiro, não passam na tv.
Algumas amantes, namoradas ou ainda “casada de papel passado”
Mas nada, nada justificaria, o corpo de uma MULHER-MÃE-E-FILHA,
Um matador ter desossado.
Eu fico, aqui, matutando, pensando caladinha, só na minha
O que será da criança, dos pais, irmãos, amigos e famílias?
Ter no passado uma história que grita tamanha injustiça?
Talvez esse seja o erro, eu só mentalizar,
Talvez a culpa também seja minha,
Por não bater tampa de panela, marchar na Paulista,
Twittar pelo celular, internet, manifestar, chamar,
Crianças, idosos, adultos, inimigos e amizades íntimas
Para que juntos todos clamemos, chega de Mércia, Elizas e Marias!
Queremos direitos e igualdades, amar e viver na felicidade!
E não mais histórias, para na hora da malcriação, assustar criancinhas,
O Brasil não é fábrica de enredos para filmagens de, 'jack estripador','o homem da serra elétrica', estrelado Por psicopatas, terror, inumanidade, abuso e orgias!
Brasil não é aquele país do carnaval, do futebol, da alegria e 'harmonia',
Que sediará copa do mundo em 2014 e em 2016 as olimpíadas?
MEU DEUS! Quanta impunidade, contradição, perversidade e ironia,
Mas ei, psiu, não se cale, denuncie! Cobre! Fale! para que aos poucos
Erradiquemos essa praga de mortandades dos noticiários
Que rende audiência pra tv paga, à gato, a pública manipuladora
Mas não permita que sua omissão, resulte na morte de outra pessoa,
Afinal nenhuma de nós estamos livres, imunes, e seguras,
Qualquer dia pode ser eu, sua irmã, sua filha, o cadáver de quem estão a procura.
Por favor – POR FAVOR!- LUTE! LUTE!
Pois a luta nos ensina e até orienta nosso viver
As vezes na tristeza, a força de uma luta, te encoraja a não esmorecer.
Mas, lembre-se lute, lutem, lutemos!
É o que podemos fazer, para que da próxima vez que ligarem
O televisor, não procurarem por você.
Você terá forças de se mobilizar para que isso não torne a acontecer,
E um dia, quem sabe num pós morte, no céu, no além, plano espiritual e sei-lá mais o quê
As várias Mércias e a Elizas possam nos agradecer por termos lutado e evitado que crimes bárbaros como Os que findaram com as suas vidas, viessem, novamente, a acontecer.

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Não se intimide, ligue 181 e denuncie! Ou 180, Central de Atendimento à Mulher. 
Ah, esse texto tá rolando em correntes de email, se receber, repasse, ok? Afinal, Eu escrevi ele não para mim, mas para nós.

3 Algo a dizer?:

Anônimo disse...

Só 'lutar' não basta. Há um descaso por parte da sociedade, do poder público, todos...
As mulheres estão sujeitos aos caprichos doentios e machista dos homens, que praticam ou omitem tais formas de crime, mas insiste em apontar, flagelar e condenar quando aparece 'brunos' na tv, sendo que ele mesmo é conivente com isso. Tipo aquele negocio da exploração sexual infantil de que conversamos lembra Breh? Então, é isso tbm, a sociedade condena o que ela mesmo prática. Então só a Luta não basta, antes é preciso a conscientização de todas as camadas, a efetiva igualdade de gênero e existência da cidadania, o fim da hipocrisia = possibilidade de uma luta justa.
Ainda que longe de td isso acontecer, a luta é válida, pois mostra nosso descontetamento, mas só ela não basta. Nem o 181. A Eliza denunciou oito meses atráas o verme do bruno, algo foi feito? Não, a justiça se omitiu, o poder , a sociedade todos....
A primeira luta a ser travada e a de direito de ter direitos efetivos e a participação. bjs gata. É a Carol ;).

Anônimo disse...

Oiii segui o link do twitter. Não li td o q vc escreveu, mas o que li gostei, depois volto com mais tempo pra ler td pq me parece q terei mto o que discutir com suas ideias rsrs. to te seguindo, m segue tbm! @John_JrDf. até mais cara poetisa

Anônimo disse...

Breh, só esqueceu de dois detalhes, a meu ver cruciais, mais que não estragam a beleza do texto: a informação de que por dia, no Brasil, 10 mulheres morrem vítimas dessa condição, por crimes passionais, de violências doméstica e questões de gêneros e machismo; e relembrar o caso da Eloá. Fica aqui resgistrado, menina Eloá, iremos por ti lutar.
(meu poe login de twitter aqui pra comentar po, nao uso o blogger nem teho url pra me identificar no teu blog!! usa um twitter ou coisa assim, nao da?)
Bjs Nega!